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ENSAIO LITERÁRIO - A HISTÓRIA E A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS: ENTENDENDO A DINÂMICA DA REPRESENTAÇÃO DE PERSONAGENS REAIS EM HISTÓRIAS DE FICÇÃO (PARTE 3)

 

(Advertência: se você está lendo pela primeira vez, volte para a postagem do dia doze de maio e prossiga até aqui)


Os Símbolos e as Representações



Em sua totalidade, uma narrativa de ficção (seja ela construída na dramaturgia, na teledramaturgia ou na literatura), como toda obra de arte, é um símbolo, uma re-apresentação, e, por natureza, não se pretende ser uma cópia direta da realidade, mas, como disse acima, uma realidade re-criada.

Toda narrativa, assim como qualquer outra obra artística consiste numa forma determinada de expressar a realidade através de símbolos. E neste contexto, a própria personagem é, em si mesma, um símbolo! É sempre bom lembrar que a raiz da palavra personagem, persona, (que também dá origem a palavras como pessoa e personalidade) está ligada ao grego prósopon (πρόσωπον), que numa tradução mais ou menos literal é a face que está à frente”, ou seja, a máscara. Ela também aparece relacionada a palavra etrusca phersu que dará origem a palavra latina persona que significa          :               :: soar através de...

Veja-se que, em ambos os casos, as palavras relacionadas a este radical dão a ideia de um artifício, ou seja, uma criação artificial usada para dizer ou expressar algo que não coincide diretamente com o sujeito que a está dizendo. Isso não é por acaso já que as prósopa (plural de prósopon) ou as personas eram os nomes dados às máscaras com que se interpretavam as encenações teatrais, uma forma de entretenimento criada pelos gregos e depois popularizada pelos romanos.

Se pudéssemos estabelecer uma espécie de “genealogia das narrativas” poderíamos relacionar diretamente o teatro grego às epopeias, que estão entre algumas das primeiras formas de ficção escritas criadas pela humanidade, e, portanto, na gênese da própria arte literária.

Se os requerentes favoráveis à devolução do oscar de Bullock à Academia pudessem ler essas páginas, talvez eles não vissem problema algum em compreender o que significa a ideia de personagem e de representação, todavia, ainda assim, poderiam me contra-argumentar, afirmando que, na produção em questão, Bullock não interpretaria uma personagem, mas uma pessoa real!

Será mesmo?

Continua...

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