ENSAIO LITERÁRIO - A HISTÓRIA E A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS: ENTENDENDO A DINÂMICA DA REPRESENTAÇÃO DE PERSONAGENS REAIS EM HISTÓRIAS DE FICÇÃO (CONCLUSÃO)
(Advertência: se você está lendo pela primeira vez, volte para a postagem do dia doze de maio e prossiga até aqui)
Para concluir...
Quando,
portanto, olhamos um professor de História reclamar do fato de que o diretor Ridley Scott não ter sido fiel à sua representação de Napoleão, ou um grupo de fans ativistas
insatisfeitos porque sua atriz preferida
não interpretou uma história...
real!; ou as polêmicas envolvendo a etnia da atriz que deveria interpretar a rainha Cleópatra (se negra ou caucasiana)
em uma história de ficção, estamos vendo os sintomas de uma
época onde aquilo que é a essência
das artes narrativas está se perdendo do público que as consome.
Tal
fenômeno, não pode estar apenas ligado à desinformação, ou mesmo a falta de formação em Educação Artística nas escolas, mas à um fenômeno sociocultural que está
relacionado à estrutura interna de nossa própria sociabilidade.
Significa
com isso que devemos dar de ombros e passivamente, aceitar escrever obras cujo significado não vá além das ações externas de nossas personagens?
Obviamente
que não, mas significa trazer para as diferentes categorias de profissionais que se dedicam
a contar histórias
(escritores, roteiristas, dramaturgos, poetas, etc.) que o público
com o qual nos dirigimos tem
hoje uma ordem de comportamentos que devem
ser levados em conta, não só na forma como se estrutura a narrativa, como a maneira
com que ela é divulgada e comercializada junto ao público.
Para mais uma vez citar Brecht:
“Tantas histórias, tantas questões!”
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